Um novo capítulo para a pesca amadora e esportiva no Brasil foi inaugurado com a criação do Comitê da Pesca Amadora e Esportiva, vinculado ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). A oficialização ocorreu com a publicação da portaria MPA nº 478 no Diário Oficial da União.
O comitê, inserido no âmbito do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conape), tem como missão central promover o desenvolvimento sustentável do setor. A expansão da pesca, com foco na inclusão social e respeito aos povos e territórios tradicionais, também figura entre as prioridades.
O setor já demonstra um impacto econômico significativo. A Confederação Brasileira de Pesca Esportiva (CBPE), com base em dados do Sebrae, estima que a pesca esportiva gere 200 mil empregos diretos e indiretos, movimentando anualmente mais de R$ 1 bilhão no país.
A primeira reunião do colegiado está agendada para a próxima semana, em Brasília. A composição do comitê abrange representantes de quatro ministérios (Pesca e Aquicultura, Esporte, Turismo e Meio Ambiente e Mudança do Clima), entidades dos setores ambiental e pesqueiro, além do próprio Conape.
O secretário-executivo da CBPE, que preside o Comitê, estima que aproximadamente sete milhões de brasileiros se dedicam à pesca de competição e lazer. Ele destaca o potencial de crescimento do setor, que já conta com mais de mil campeonatos regionais distribuídos pelo país.
A criação do comitê visa fortalecer a governança e a estabilidade do segmento, facilitando o diálogo entre governo e sociedade civil na formulação de políticas públicas específicas. O Conape desempenhará um papel crucial de coordenação e assessoramento, garantindo a integração das decisões do comitê às políticas nacionais de pesca.
A pesca amadora e esportiva, definida como uma atividade não comercial onde o peixe é devolvido ao seu habitat, tem visto um aumento no número de praticantes. No ano anterior, foram emitidos mais de 330 mil novos registros de pescadores esportivos. Até agosto deste ano, mais de 263 mil licenças já foram emitidas. São Paulo e Minas Gerais lideram as estatísticas.
O Brasil, com seus vastos recursos hídricos, oferece um cenário promissor para o desenvolvimento da pesca esportiva, impulsionando o turismo e a economia local, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br